Diante dos alarmantes índices de roubo nas estradas, os Planos de Gerenciamento de Riscos (PGRs) costumam conter regras rigorosas.
Na proposta de contratação do seguro de Responsabilidade Civil Desaparecimento de Carga (RC-DC), as Seguradoras estipulam exigências que consideram obrigatórias e, como tal, devem ser devidamente cumpridas, implementadas e observadas no dia a dia das Transportadoras.
Cada cliente, cada operação de transporte, cada tipo de mercadoria ou bem transportado apresenta exigências específicas.
Nesse sentido, é fundamental conhecer detalhadamente as medidas estabelecidas nas apólices, especificá-las com clareza no PGR, sem que haja dúvidas, e incorporar todos os recursos, ferramentas e procedimentos necessários para sua plena execução.
A Importância da Comunicação e da Tecnologia
É de fundamental importância a comunicação eficiente entre o motorista, transportadora e a Gerenciadora de Riscos, empresa esta homologada pela Seguradora e escolhida pela Transportadora, responsável por coordenar e dirigir as ações estabelecidas no Plano (PGR).
Por isso, durante uma viagem com rota previamente definida e com o monitoramento autorizado pela Gerenciadora de Risco (GR), diversos elementos podem contribuir para o transporte seguro da carga.
A comunicação deve ser constante e o envio de alertas à Central podem evitar desfechos indesejados, como roubo ou sequestro mediante extorsão, riscos estes cobertos pelas apólices de RC-DC.
Nesse cenário, a tecnologia é uma grande aliada. Diversos recursos estão disponíveis não apenas para proteger a carga, mas também para preservar a integridade do profissional do transporte.
Sensores e atuadores, por exemplo, são ferramentas fundamentais que favorecem a comunicação indireta. Isso porque eles têm por função indicar desvios de comportamento ou situações anormais, com base em programações previamente definidas.
Funcionam como importantes alertas que permitem a adoção imediata de medidas preventivas e de rápida atuação, que pode implicar, inclusive, o acionamento de prestadoras de serviços como os “Pronta-Respostas”, que efetivamente vão ao encontro do motorista e caminhão.
Sensores e Atuadores: Como Funcionam
Enquanto os sensores detectam e sinalizam irregularidades, os atuadores, como o próprio nome indica, agem para tentar impedir eventuais ações ilícitas.
Sensores mais utilizados:
- Portas da cabine (motorista e passageiro)
- Violação do painel
- Portas do baú (lateral e traseira)
- Desengate da carreta
- Violação da antena
Esses dispositivos informam à Central de Monitoramento quando há alguma irregularidade. Algo ocorreu fora do previsto.
Atuadores comuns:
- Trava do baú (lateral e traseira)
- Corte de combustível ou ignição
- Acionamento de sirenes ou luzes de alerta
- Trava da quinta roda
Cumprimento do PGR e Consequências Legais
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) já pacificou o entendimento de que o cumprimento das medidas previstas no PGR é indicativo de máxima diligência por parte do Transportador.
Isso significa que caso tais medidas não sejam observadas e ocorra um sinistro, como um roubo à mão armada, o Transportador poderá perder o direito à indenização prevista no seguro, pois se entende que o risco de roubo não lhe é desconhecido e que poderia ter sido evitado se o plano de gerenciamento de risco tivesse sido cumprido.
Conclusão: Execução Rigorosa do PGR é Fundamental
Na ARTUS auxiliamos o nosso Cliente em todas as etapas, a negociação da proposta com a Seguradora, o detalhamento das medidas de gerenciamento estabelecidas com a GR, esclarecimento de dúvidas, para garantir a plena aderência às regras.
Afinal, integra o nosso propósito contribuir para mitigar riscos, auxiliar com a redução de sinistros e garantir plena observância das condições das apólices, pois é isso, ao final, que fará a diferença para garantir a indenização, caso ocorra um evento indesejado e inevitável como é, por exemplo, o roubo de carga à mão armada.
Conte conosco e até breve!