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Segurança nas Estradas: Responsabilidade de Caminhoneiros, Transportadoras e Motoristas em geral

Dia 25 de setembro é o Dia Nacional do Trânsito!

Para destacarmos a relevância dessa data, resolvemos escrever esse post com dados e dicas muito importantes, visando a promover um trânsito mais seguro, pois temos a clara convicção de que um trânsito seguro preserva vidas e promove negócios prósperos! Todos ganham!

A segurança no trânsito é uma responsabilidade de todos.

Dados da Polícia Rodoviária Federal mostram que, em 2023, mais de 17.500 acidentes com caminhões resultaram em 2.611 mortes.

Para se ter uma ideia da gravidade, 2.611 mortes equivalem à queda de mais de cinco aviões Boeing 777, cada um com capacidade para cerca de 500 passageiros. Esse número chocante reforça a urgência de melhorar a segurança viária no Brasil.

Entre os principais fatores que contribuem para esse quadro trágico estão o excesso de velocidade, fadiga, embriaguez ao volante e o uso de substâncias ilícitas.

Com impactos que se estendem à sociedade, estima-se que os acidentes envolvendo caminhões gerem prejuízos de cerca de 12 bilhões por ano, segundo um estudo produzido pelo IPEA, em 2020. Esses prejuízos afetam famílias, empresas e a economia de uma forma ampla.

Além disso, os reflexos negativos nos seguros de carga são evidentes, especialmente no seguro de RCTR-C (responsabilidade civil do transportador rodoviário de cargas), porquanto as seguradoras negam cobertura quando há agravamento de risco comprovado, como excesso de velocidade, consumo de drogas ou embriaguez ao volante. Isso gera diversas demandas judiciais, sendo que, na maioria das vezes, os Tribunais mantêm a exclusão de cobertura.

Essa, no entanto, é uma responsabilidade compartilha por todos.

A responsabilidade dos motoristas de veículos menores

Os motoristas de veículos menores também são responsáveis por garantir a segurança no trânsito. Um comportamento imprudente ao ultrapassar caminhões, por exemplo, pode gerar riscos gravíssimos.

Por isso, é importante considerar que:

  • Enquanto um carro comum a 80km/h precisa de mais ou menos 40 metros para frear, um caminhão com 40 toneladas de carga precisa aproximadamente de 100 metros, pois quanto maior o peso, maior é a distância necessária para frenagem;
  • Além da velocidade x peso, as condições da via, o tipo de carga carregada, a tecnologia do caminhão também influenciam na frenagem;
  • A variação de eixos, que podem ser múltiplos, e altura do caminhão igualmente resultam em uma maior complexidade.

Outras variáveis também podem influenciar, como a questão climática, de modo por vezes é muito difícil para o motorista de um carro avaliar todos esses fatores em milésimos de segundos quando decide fazer uma ultrapassagem.

Por isso, os motoristas devem entender que ultrapassagens de caminhões somente devem ser realizadas com uma marca expressiva de segurança, e jamais devem ser realizadas havendo uma pequena margem de distância, porque não depende só do caminhoneiro frear o caminhão, mas de toda a complexidade mecânica e física envolvida no seu descolamento.

Motoristas de veículos que trafegam em baixa velocidade em rodovias também podem geram um comportamento perigoso por vários motivos:

  • Obstruem a via, tornando-se um obstáculo inesperado, especialmente em rodovias onde a maioria dos veículos trafega em maior velocidade, o que pode resultar em colisões traseiras ou manobras perigosas para desviar o veículo lento;
  • Desorganizam o tráfego ao desacelerar o fluxo, causando congestionamentos;
  • Surpreendem outros motoristas, que podem não ter o tempo de reação necessário, especialmente em trechos de elevação ou curvas.

E os caminhoneiros?

A Polícia Rodoviária Federal também revelou que quase 19% dos caminhoneiros fazem uso de substâncias químicas para evitar o sono.

Nesse contexto, desde 2016, o Código de Trânsito Brasileiro exige exames toxicológicos para motoristas das categorias C, D e E com menos de 70 anos, e a Resolução 1.009/2024 do Contran, mais recente, estabelece que a ausência do exame impede a renovação da CNH, resultando em multas e até suspensão da habilitação em caso de resultado positivo.

Os caminhoneiros têm um papel crucial na segurança viária e, assim, medidas básicas de segurança essenciais devem ser observadas:

  • Sempre respeitar o limite de velocidade sinalizado na via, quando for 60 km/h é 60 km/h, quando for 80 km/h é 80 km/h, jamais ultrapassando 90 km/h, que é a velocidade máxima permitida pelo CTB;
  • Usar cinto de segurança constantemente durante o deslocamento;
  • Não deixar objetos soltos na cabine do caminhão, com o que possam se distrair;
  • Estar descansado e em estado de alerta, consciente dos riscos envolvidos;
  • Jamais usar o celular enquanto está conduzindo o veículo;
  • Manter distâncias seguras dos veículos da frente, suficiente para que consiga frear com segurança.

Como as empresas transportadoras rodoviárias de cargas (ETC) podem contribuir?

As transportadoras dependem de seus motoristas para conduzir os caminhões e levar as cargas com segurança ao destino planejado.

Por isso, a gestão de pessoas é de fundamental importância e treinamentos são indispensáveis. Garantir educação no trânsito e suporte emocional integram o trabalho de casa.

Aqui estão algumas medidas e que podem ser adotadas pelas Transportadoras em relação aos seus motoristas e aos veículos, do modo a promover uma segurança completa:

  • Conscientize seus motoristas com treinamentos e dados reais sobre os riscos envolvidos na direção do veículo;
  • Promova reiteradamente mensagens sobre as melhores práticas de condução;
  • Reconheça os bons motoristas, até para incentivar os demais a adotarem melhores condutas;
  • Tenha em mãos testes toxicológicos atualizados conforme exigido por lei;
  • Planeje rotas considerando trechos perigosos que devam ser evitados, escolhendo as alternativas mais seguras disponíveis, ainda que mais distantes;
  • Aproveite os dados dos monitoramento vinculado ao PGR para também monitorar o desempenho dos motoristas durante as viagens, analise esses dados e tome medidas de ação para corrigir eventuais desvios;
  • Faça check-list dos veículos antes das viagens;
  • Realize as manutenções preventivas;
  • Garanta o acondicionamento correto da carga, peso x altura, a fim de evitar tombamentos.

Conclusão:

Reduzir a sinistralidade não só salva vidas, garante o retorno seguro para casa, como melhora as condições para a renovação de apólices dos seguros de carga, trazendo uma melhor competitividade e uma performance otimizada para as Transportadoras.

Na ARTUS consideramos que a adoção das melhores práticas em segurança no trânsito integra a gestão de riscos do negócio dos nossos clientes, razão pela somos parceiros nessa jornada.

Conte conosco para alcançar os melhores resultados possíveis! Entre em contato e entenda melhor como podemos ajudar sua empresa a buscar a sinistralidade zero.

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